sábado, dezembro 31, 2005
sexta-feira, dezembro 30, 2005
A NOITE DO MERCADO
Véspera de Natal do dia 23 para 24 de Dezembro é a tradição que se mantém. É dia de se visitar o Mercado dos Lavradores, o principal e mais antigo Mercado do Funchal. E todas as faixas etárias engalanam-se para visitá-lo, o seu objectivo é a compra das últimas verduras e frutas para o almoço do dia de Natal. Em geral, deixou de ter somente essa função mas, associam-lhe uma noite de borga. E lá vai a juventude com os seus bonés de Pai Natal em grupos enormes se divertindo e percorrendo toda a área envolvente do mercado e, um ou outro tem que fazer um, dois, três (gamar) pelo menos uma peça de fruta, sem que o dono da mesma se aperceba disso. Entretanto, nas escadas da entrada para praça da venda de peixe um grupo enorme todos trajados a rigor da época natalícia cantam em coro, cânticos de natal, enquanto nas adjacências grupos corais e bandas de música popular, animam essa folia. Mesmo à entrada da porta principal um snack-bar vende milhares e milhares de sandes de carne-de-vinho-e-alhos e, as pessoas acotovelam-se para cada um adquirir a sua acompanhada dum bom copo de vinho e/ou cerveja conforme os gostos.
segunda-feira, dezembro 26, 2005
O HOMEM FACILITA!!!
Acontece isto:
E isto:
Digam depois que a lei é incondescendente para com os infractores!
A minha homenagem sentida aos amigos visitantes (e suas famílias) que pereceram neste acidente.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
domingo, dezembro 18, 2005
quarta-feira, dezembro 14, 2005
ÁGUAS DE MARÇO
e-mail: estes meus amigos…
Águas de Março
Letra e música: Tom Jobim
Antes era assim…
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de Março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projecto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
Agora…
O que o Tom Jobim teria escrito, nestes tempos informáticos:
É pau, é bug
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
E o turbo pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três
É o 486,
É comando ilegal
Essa m**** bloqueia
É um erro e dá boot
É um disco mordido
Ai meu Deus tô f*did*
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Se espalhando no chão
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da put@
O Windows não entra
E não volta pró DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retry
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem fita
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pró céu…
Ai se o Tom Jobim sabe disto…
terça-feira, dezembro 13, 2005
domingo, dezembro 11, 2005
VIAGENS NA MINHA TERRA
Continuidade da Homenagem ao Poeta António Nobre extraído da sua obra publicada “Só”. Última posta:
(…)E, na subida de Novelas,
O rubro e gordo Cabanelas
Dava-me as guias para a mão:
Isso… queriam os cavalos!
Que eu não podia chicoteá-los…
Era uma dor de coração.
Depois, cansados da viagem,
Repoisávamos na estalagem
(Que era em Casais, mesmo ao dobrar…)
Vinha a Sr.ª Ana das Dores
«Que hão-de querer os meus Senhores?
Há pão e carne para assar….»
Oh! Ingénuas mesas, honradas!
Toalhas brancas, marmeladas,
Vinho virgem no copo a rir…
O cuco da sala, cantando…
(Mas o Cabanelas, entrando,
Vendo a hora: «É preciso partir».)
Caía a noite. Eu ia fora,
Vendo uma estrela que lá mora,
No firmamento português:
E ela traça-me o meu fado
Serás Poeta e desgraçado!
Assim se disse, assim se fez.
Meu pobre Infante, em que cismavas,
Porque é que os olhos profundavas
No céu sem par do teu País?
Ias, talvez, moço troveiro,
A cismar num amor primeiro:
Por primeiro, logo infeliz…
E o carro ia aos solavancos.
Os passageiros, todos brancos,
Ressonavam nos seus gabões:
E eu ia alerta, olhando a estrada,
Que em certo sítio, na Trovoada,
Costumavam sair ladrões.
Ladrões! Ó sonho! Ó maravilha!
Fazer parte duma quadrilha,
Rondar, à lua, entre pinhais!
Ser Capitão! Trazer pistolas,
Mas não roubando, - dando esmolas
Dependuradas dos punhais…
E a mala-posta ia indo, ia indo,
O luar, cada vez mais lindo,
Caía em lágrimas, - e, enfim,
Tão pontual, às onze e meia,
Entrava, soberba, na aldeia
Cheia de guizos, tlim, tlim, tlim!
Lá vejo ainda a nossa Casa
Toda de lume, cor de brasa,
Altiva, entre árvores, tão só!
Lá se abrem os portões gradeados,
Lá vêm com velas os criados,
Lá vem, sorrindo, a minha Avó.
E então, Jesus! Quantos abraços!
- Qu’é dos teus olhos, dos teus braços,
Valha-me Deus! Como ele vem!
E admirada, com as mãos juntas,
Toda me enchia de perguntas,
Como se eu viesse de Belém!
E os teus estudos, tens-me andado?
Tomara eu ver-te formado!
Livre de Coimbra, minha flor!
Mas vens tão magro, tão sumido…
Trazes tu no peito escondido,
E que eu não saiba, algum amor?
No entanto entrava no meu quarto:
Tudo tão bom, tudo tão farto!
Que leito aquele! E a água, Jesus!
E os lençóis! Rico cheiro a linho!
- Vá, dorme, que vens cansadinho.
Não adormeças com a luz!
E eu deitava-me, mudo e triste.
(-Reza também o Terço, ouviste?)
Versos, bailando dentro em mim….
Não tinha tempo de ir na sala,
De novo: - Apaga a luz! – Que rala!
Descansa, minha Avó, que sim!
Ora, às ocultas, eu trazia,
No seio, um livro e lia, lia,
Garret da minha paixão…
Daí a pouco a mesma reza:
- Não vás dormir de luz acesa,
Apaga a luz!.... (E eu ainda… não!)
E continuava, lendo, lendo…
O dia vinha já rompendo,
De novo: - Já dormes, diz?
-Bff!.... e dormia com a ideia
Naquela tia Doroteia
De que fala Júlio Dinis.
Ó Portugal da minha infância,
Não sei que é, amo-te a distância,
Amo-te mais, quando estou só…
Qual de vós não teve na Vida
Uma jornada parecida,
Ou assim, como eu, uma Avó?
Paris, 1892
sábado, dezembro 10, 2005
AQUÁRIO
O que diz o meu signo:
Aquário
O signo de Aquário, representado pelo aguador, simboliza aquele que serve a humanidade, que rega para fazer crescer. Seu símbolo gráfico – duas ondas sincronizadas – representa a vibração conjunta entre o indivíduo e a colectividade. É também a electricidade cósmica, as ondas, os raios, as tempestades capazes de sacudir a natureza e libertar as sementes que geram novos seres. Aquário é estar à frente, abrir caminho para os mais novos. É o visionário, pioneiro e profeta, que aponta para novas direcções. É a renovação, o progresso, a revolução, a originalidade. É também a fraternidade, a solidariedade, a amizade, a colaboração, a ajuda, a humanidade. O planeta regente é Urano, que simboliza a liberdade, a necessidade de espaço e a urgência de mudanças. Aquário precisa desenvolver confiança no próprio poder, alegria de viver e disciplina para evitar incertezas, pessimismo e introversão.
Tem dúvidas? Clique aqui
sexta-feira, dezembro 09, 2005
PORTUGAL GEOMÉTRICO
- Portugal é um país rectangular.
- Com problemas bicudos.
- Resolvidos em mesas ovais e redondas.
- Por bestas quadradas.
Melhor para quê?...
quinta-feira, dezembro 08, 2005
VIAGENS NA MINHA TERRA
Homenagem a um Poeta de que ninguém fala! António Nobre e a sua única obra publicada “Só”. O poema é extenso publica-lo-ei em diversas postas:
Às vezes, passo horas inteiras
Olhos fitos nestas braseiras,
Sonhando o tempo que lá vai;
E jornadeio em fantasia
Essas jornadas que eu fazia
Ao velho Douro, mais meu Pai.
Que pitoresca era a jornada!
Logo, ao subir da madrugada,
Prontos os dois para partir:
- Adeus! Adeus! É curta a ausência,
Adeus! – rodava a diligência
Com campainhas a tinir!
E, dia e noite, aurora a aurora,
Por essa doida terra fora,
Cheia de Cor, de Luz, de Som,
Habituado à minha alcova
Em tudo eu via coisa nova,
Que bom era, meu Deus! Que bom!
Moinhos ao vento! Eiras! Solares!
Antepassados! Rios! Luares!
Tudo isso eu guardo, aqui ficou:
Ó paisagem etérea e doce,
Depois do Ventre que me trouxe,
A ti devo eu tudo que sou!
No arame oscilante do Fio,
Amavam (era o mês do cio)
Lavandiscas e tentilhões…
Águas do rio vão passando
Muito mansinhas, mas, chegando
Ao Mar, transformam-se em leões!
Ao sol, fulgura o Oiro dos Milhos!
Os lavradores mailos filhos
A terra estrumam, e depois
Os bois atrelam ao arado
E ouve-se além no descampado
Num ímpeto aos berros – Eh! Bois!
E, enquanto a velha mala-posta,
A custo vai subindo a encosta
Em mira ao lar dos meus Avós,
Os aldeões, de longe, alerta,
Olham pasmados, boca aberta…
A gente segue e deixa-os sós.
Que pena faz ver os que ficam!
Pobres, humildes, não implicam,
Tiram com respeito o chapéu:
Outros, passando a nosso lado
Diziam: «Deus seja louvado!»
«Louvado seja!» dizia eu.
E, meiga, tombava a tardinha…
No chão, jogando a vermelhinha,
Outros vejo a discutir.
Carpiam, místicas, as fontes…
Água fria de Trás-os-Montes
Que faz sede só de se ouvir!(…)
segunda-feira, dezembro 05, 2005
sábado, dezembro 03, 2005
AROMA DE MULHER
O Aroma deixa marcas no ar
É a Amizade em angústia a sufocar
Neste mundo virtual e cordial
Sinto o template a querer respirar.
E nada diz da Ana-Luar!
Das fotos contidas da vida
Em linkes de fulgor desandar
Apenas sinto os acordes musicais a tocar.
Celine Dion sem suficiência a dar
As estrelinhas continuam a cintilar
mas o dedilhar da tua escrita continua a faltar
Música assim requer o teu acompanhar.
Se pelo o amor urge lutar
Não vale renunciar
Com o Aroma de Mulher a pairar
Faz pensar no caminhar.
Mateus Gouveia
03/12/05
sexta-feira, dezembro 02, 2005
GRIPE DAS AVES...
Querem assustar a população. PORQUÊ???
Onde há fumo há fogo...
PORQUÊ usaram para estimativa do número de baixas (40 milhões) causadas por uma Pandemia a Pandemia de 1918 que ocorreu sob os efeitos da 1ª Guerra Mundial com a população enfraquecida pela Fome e pela Tuberculose, sem Hospitais capazes, sem Medicamentos e com condições de Higiene que não eram minimamente comparáveis às de hoje em dia???E não a Pandemia de 1968 última do século 20 que aconteceu em condições piores mas muito mais próximas às de hoje em dia e na qual as baixas não ultrapassaram 2.5% (1 milhão) das da Pandemia de 1918??? Ou ainda a Pneumonia Atípica (SARS) em 2003 cujo Vírus o Coronavírus passou com facilidade de homem para homem e se espalhou rapidamente desde a China para os Estados Unidos, Canadá, França, Grã-Bretanha, Austrália etc. numa Pandemia que se espalhou por todos os Continentes em três meses e não causou mais de 774 baixas???
PORQUÊ tendo aparecido o primeiro surto do famoso H5N1 em aves de Hong-Kong em 1997 só quando apareceram algumas aves contaminadas na Rússia este Verão de 2005 passados 8 anos é que foi lançado o alarme de Pandemia??? Será porque o vírus se aproximava da Europa onde há Dinheiro para medicamentos e na Ásia não havia???
PORQUÊ na semana seguinte ao anúncio de que o fabricante do famoso TAMIFLU tinha assinado acordos para sub licenças para produção nos Estados Unidos, apareceu um senhor a dizer que os Estados Unidos não estavam minimamente preparados para a Pandemia, e logo de seguida o senhor Bush anuncia uma verba monstruosa para se prepararem e comprarem TAMIFLU???
PORQUÊ praticamente só se fala no TAMIFLU e se ignora os outros antivirais que existem???
PORQUÊ o fabricante do TAMIFLU só podia entregar as quantidades encomendadas em 2007 e depois do anúncio de que os Chineses já tinham descoberto um medicamento semelhante já podia entregar no primeiro trimestre de 2006???
PORQUÊ este vírus H5N1 é sempre nomeado como altamente perigoso para o homem se na Ásia desde 1997 até hoje 8 anos, no meio de uma população de 4 mil milhões de pessoas e mais de 120 mil milhões de aves domésticas que convivem intimamente e em condições sanitárias deploráveis, causou 60 baixas e outras doenças que causam números arrepiantes de baixas não são consideradas todos dias como altamente perigosas??? Por exemplo:
Causas de Morte
Mortes por Ano
Sida
3 Milhões
Malária
1 Milhão (2000 crianças por dia)
Cancro (EU-15)
750.000
Doenças Coração (EU-15)
425.000
Diabetes (EU-15)
50.000
Acidentes Transito (EU-15)
45.000
Infecções (EU-15)
30.000
Gripe Comum (Portugal)
2000 a 3000
SERÁ que rendimentos de cerca de 1500 milhões de Euros até ao fim de 2005 com o TAMIFLU, já anunciados pelo seu fabricante e uma subida de 50% na bolsa das acções dessa empresa, justificam que se ande a assustar as pessoas para provocar uma corrida às farmácias e a compra de um medicamento que até à 6 meses atrás era um fracasso comercial e que o mais provável é que não venha a servir para nada, justifica tudo isto???