ÁGUAS DE MARÇO
Mais uma brincadeirinha de Natal que me mandaram por
e-mail: estes meus amigos…
Águas de Março
Letra e música: Tom Jobim
Antes era assim…
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de Março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projecto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
Agora…
O que o Tom Jobim teria escrito, nestes tempos informáticos:
É pau, é bug
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
E o turbo pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três
É o 486,
É comando ilegal
Essa m**** bloqueia
É um erro e dá boot
É um disco mordido
Ai meu Deus tô f*did*
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Se espalhando no chão
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da put@
O Windows não entra
E não volta pró DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retry
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem fita
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pró céu…
Ai se o Tom Jobim sabe disto…
e-mail: estes meus amigos…
Águas de Março
Letra e música: Tom Jobim
Antes era assim…
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de Março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projecto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
Agora…
O que o Tom Jobim teria escrito, nestes tempos informáticos:
É pau, é bug
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
E o turbo pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três
É o 486,
É comando ilegal
Essa m**** bloqueia
É um erro e dá boot
É um disco mordido
Ai meu Deus tô f*did*
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Se espalhando no chão
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da put@
O Windows não entra
E não volta pró DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retry
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem fita
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pró céu…
Ai se o Tom Jobim sabe disto…
14 Comments:
olá Soslayo
Esta é mesmo muito boa :) LOL LOL
Um abraço
Bonjour Soslayo!
Muito engraçado.
A@+
Soslayo, está demais! Até pareço eu...eheheheh!Beijinho
HAHAHAHAHA
Está muito fixe. Comecei a cantarolar e fica muito engraçado.
;)
Ainda me estou a rir, gostei muito da transformação, está fenomenal. Um beijo na alma.
Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados,
Para chorar e fazer chorar,
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeus,
Mãos para colher o que foi dado,
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida;
Uma tarde sempre a esquecer,
Uma estrela a se apagar na treva,
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar,
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço,
Um verso, talvez, de amor,
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E que por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,
Para a participação da poesia,
Para ver a face da morte -
De repente, nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente.
Porque, amanhã, é Natal...
Consegui cantar as duas, se bem que fui melhor na primeira. Está muito bom, e muito bem imaginado. Um abraço.
Este pessoal é mesmo viciado na net...:-)Obrigado pela visita. Beijinhos e bom fim de semana.
Bela versão, so o Tom a lê-se certamente teriamos duas versões do "Aguas de Maço". Mais um beijinho e bom fim de semana.
Considero uma homenagem a Jobim, uma deliciosa homenagem.
Um abraço, aqui do Brasil.
Carlos, que lindo poema do Vinícius de Moraes. Eu sou um admirador da Obra D'ele. Um poeta que descreve com tanta sensibilidade as coisas da vida, cantando-as ao ritmo do samba é, simplesmente divino. Muito obrigado por este poema e, evocando um poeta que venero. Um abraço.
SANTA, está acontecendo simplesmente uma coisa maravilhosa que é o fato (facto) de os Blogs elaborados por Brasileiros(as) falarem dos poetas Portugueses e os elaborados em Portugal falarem dos poetas Brasileiros, isto é, um verdadeiro intercambio cultural. Bem haja. Eu, gosto muito da música Brasileira e dos escritores/poetas desse País, onde vivi 4 anos lindos da minha vida no Rio de Janeiro. SANTA aquele abraço daqui de Portugal.
Boa tarde! Olhe! Esta história toda não cheira bem e eu explico porquê. Ora bem…Se foi por cima do Golfo do México que as duas renas se sentiram mal…hã…ora bem… e toda a gente sabe…hã…que o trenó tem pelo menos oito renas, então as outras seis não tinham pedalada para chegar ao fim da viagem? E aonde é que estão os presentes? Onde é que está a caixa negra do trenó? Não me convencem, é só. Obrigado.
Ele tomaria mais um chopp em Ipanema, olharia para a garota e diria: tua filha é linda!
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