MÚSICO DE RUA
Sou o dedilhador deste dédalo cinzento
aqui me sento, aqui me apresento
da música que toque me faço gente
do amigo que tenho assim paciente.
Da juventude exalada, nada me espera
do passante que olha sempre hilariante
dos sons que toco reflexo exuberante
do esforço que faço nada é compensante.
Nem da minha idade resulta a titularidade
deste mundo que andando, nem tempo de olhar…
Por mais que cante os cantos que a mim encanta
há vozes dizendo tudo o que me espanta.
De pernas estendidas nestas brancas pedras
meus dedos não param nesta harmonia desenfreada
a pedra me diz que tremenda canseira
e o amigo fiel na jornada inteira.
Das moedas colhidas, eis a única verdadeira
De tão grande cartão exposto em fileira
Ides ao mundo, porque outros virão com sincera
vontade de me confortar este meu lado.
Mateus Gouveia
09/07/05
aqui me sento, aqui me apresento
da música que toque me faço gente
do amigo que tenho assim paciente.
Da juventude exalada, nada me espera
do passante que olha sempre hilariante
dos sons que toco reflexo exuberante
do esforço que faço nada é compensante.
Nem da minha idade resulta a titularidade
deste mundo que andando, nem tempo de olhar…
Por mais que cante os cantos que a mim encanta
há vozes dizendo tudo o que me espanta.
De pernas estendidas nestas brancas pedras
meus dedos não param nesta harmonia desenfreada
a pedra me diz que tremenda canseira
e o amigo fiel na jornada inteira.
Das moedas colhidas, eis a única verdadeira
De tão grande cartão exposto em fileira
Ides ao mundo, porque outros virão com sincera
vontade de me confortar este meu lado.
Mateus Gouveia
09/07/05
20 Comments:
ora boas xô soslayo, a minha inteligencia nao vai longe sei disse de antemão daí que tenha ficado na duvida em relação ao ultimo comentário que deixaste lá no meu canto, ou seja, vinha saber se ficaste de alguma forma chateado com a insinuação homossexual que fiz sobre ti, como é lógico faço do meu blog uma realidade paralela onde nada é levado a sério nem tem por base nenhum tipo de verdade absoluta daí que pensei que não ficasses ofendido, por outro lado posso ter interpretado mal e esta conversa não faz então nenhum sentido... pronto vou mimbóra... ora entao um grande bem haja
Mais um poema cheio de emoção...
Pois é seu Soslaio...
Isto quando te dá pra veia artística dá nisto...
Jinhos ternos...
Ps:
Gostei do começo, não sei porque mas as primeiras palavras dizem-me alguma coisa soam-me a familiar hihihih Prontos já te ajavardei o cantinho... Deixa-me ir embora antes que me corras daqui para fora hihihi
Jinhos again
É a realidade dos musicos de rua...são bons mas quase ninguem repara que eles existem! Bonito poema-homenagem. Beijinhos
Perfectwoman, a única familiaridade que possa existir é que este poema já o escrevi em 09/07/2005 e portanto, publiquei-o no Blogs.sapo, que com o bug que teve levou tudo mas claro que tenho o original no meu disco e em backup e, aos poucos o material que possuo vou intercalando entre originais e alguns publicados para ficarem circulando na blogosfera. Um beijinho.
Insolente, quem não deve não teme. Eu não devo! Um abraço.
A foto é fantástica o poema é uma belíssima homenagem a esses músicos que nos acordam do ruído da cidade. Abraço
bela homenagem aos artistas de rua!
belissima foto!
Podem atirar a moedinha, o chapéu está no prego! :)
O poema e a imagem conjugam-se fortemente. Lindo! Todavia creio que existe uma pontinha de anuência pela desafortunada realidade. Será assim? Sentar numa pedra a assistir à vida? E como seria tocar outras melodias? Experimentar novos sons, desafiando a pedra e os próprios dedos?
Um óptimo dia para ti.
Bonjour Soslayo.
Passe un bonne fin de semaine sans te faire trop de soucis mon ami.
A@+
Soslayo
Muitos nomes ligados à música clássica e popular foram eternizados em ruas, avenidas, praças, parques e ladeiras da cidade. Inventaram incidências musicais no mapa urbano...
Bjs
Olá!^^
Obrigado pela visista!
Acabo de postar um texto sobre como se viver melhor, gostaria de ter sua opiniao!
até+
bonita homenagem...quantos músicos de rua são os verdadeiros músicos, e que infelismente serão sempre isso e só..os músicos de rua...
Olá amigo... o tempo é pouco, mas cá estou para te desejar um bom domingo e semana que se aproxima.
E maravilho-me indolente com este belo naco de rua... bela e sentida a homenagem que fazes aos musicos da nossa praça que escolhem a rua para nos deliciarem e fomentarem a sua cultura.
Parabéns, sempre a surpreender... mas eu gosto destas surpresas...lol
Abraço
Tu es encore en train de faire la fête...
Abraço amigo.
Soslayo.
O que surge primeiro: a foto ou o poema? Os dois fundem-se de tal forma que não conigo perceber se é a foto que origina o poema ou o poema que originou a foto.
Parabéns amigo.
Soslayo ... nao posso ver estas "figuras" , sou pela defesa dos animais, considero ste animal maltratado. Podes dizer: e os humanos? Ok, mas sou pela defesa dos animais "indefesos". deixo-te grd beijinho
Desambientado, é a foto que origina o poema.
A Cor do Mar, não se pode ver só nessa perspectiva! A solidariedade do animal com o homem está bem patente! Ninguém o obriga a tal apenas ele também se sente feliz por dar a sua contribuição... Senão vejamos, temos outros exemplos em que o animal partilha com o homem as suas capacidades! Por exemplo: o Burro quando nos carrega aos ombros não está a ser maltratado pelo homem e, como este o Cavalo também, enfim, são maneiras diferentes de observar as coisas.
Então meu amigo, tens uma alma muito sensível e tudo o que vês, é único e cheio de encantamento.
O Alberto João ainda é vivo?
Não se tem dado por ele!
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