DO OLIMPO A S. MARTINHO
Prezado Mateus Gouveia:
«-Passa lá isso ao Jorge,
senão não nos governamos»,
disseste ao acordeonista
que esqueceu as moedas
para beber,
com deleite,
as tuas ideias
condimentadas com notas soltas
de música brejeira.
Que estranhos são
os sons da cidade
a que faltam
os calorosos risos
que arrancavas
das pedras da calçada.
Obrigado José António,
por teres aceitado o convite
para estares connosco
aqui esta noite.
Jorge Castanheira Barros
Funchal 12.01.2006 - Homenagem ao Amigo e Poeta
JAG – José António Gonçalves
No passado dia 12 de Janeiro ao comemorar com alguns dos nossos Amigos (as) no Funchal o meu 54.º aniversário e 31.º de casado, entre os quais se incluía a Gilda Gonçalves não pude deixar de prestar Homenagem ao nosso mui estimado Amigo comum José António Gonçalves.
Em anexo envio-lhe o texto que li publicamente nesse dia em que um lugar ficou vago na mesa.
Um abraço: Castanheira Barros À esq. o acordeonista, o Poeta José António Gonçalves e o Dr. Jorge Castanheira Barros
Ficaste escondido
no local onde repousa a tua imagem
com a abrupta montanha,
vestida de verde,
como pano de fundo.
Alguns não sabem ainda
que rumaste ao infinito
e te deram a morada
com o nr. 1005.
Na lápide ostentas
o sorriso que sempre dirigiste
aos teus mil e um Amigos
mesmo quando já
se te roíam as entranhas.
Até na morte
foste sublime.
Que longos foram
aqueles trajectos curtos
que percorremos
do Bar do Teatro
ao Carbonara,
ao S. Pedro,
ao Minas Gerais,
onde o alimento físico
se misturava com o espiritual,
numa simbiose quase perfeita
porque tu estavas ali.
São caminhos que iremos
continuar a percorrer juntos,
contigo à frente,
distribuindo abraços
e incentivos.
Quem contigo navegou
sabe como enfrentar a tempestade
e saborear a bonança .
Os sons do acordeão
continuarão a ecoar
na avenida do mar
onde há gravatas
por debaixo das mesas
da esplanada.
no local onde repousa a tua imagem
com a abrupta montanha,
vestida de verde,
como pano de fundo.
Alguns não sabem ainda
que rumaste ao infinito
e te deram a morada
com o nr. 1005.
Na lápide ostentas
o sorriso que sempre dirigiste
aos teus mil e um Amigos
mesmo quando já
se te roíam as entranhas.
Até na morte
foste sublime.
Que longos foram
aqueles trajectos curtos
que percorremos
do Bar do Teatro
ao Carbonara,
ao S. Pedro,
ao Minas Gerais,
onde o alimento físico
se misturava com o espiritual,
numa simbiose quase perfeita
porque tu estavas ali.
São caminhos que iremos
continuar a percorrer juntos,
contigo à frente,
distribuindo abraços
e incentivos.
Quem contigo navegou
sabe como enfrentar a tempestade
e saborear a bonança .
Os sons do acordeão
continuarão a ecoar
na avenida do mar
onde há gravatas
por debaixo das mesas
da esplanada.
«-Passa lá isso ao Jorge,
senão não nos governamos»,
disseste ao acordeonista
que esqueceu as moedas
para beber,
com deleite,
as tuas ideias
condimentadas com notas soltas
de música brejeira.
Que estranhos são
os sons da cidade
a que faltam
os calorosos risos
que arrancavas
das pedras da calçada.
Obrigado José António,
por teres aceitado o convite
para estares connosco
aqui esta noite.
Jorge Castanheira Barros
Funchal 12.01.2006 - Homenagem ao Amigo e Poeta
JAG – José António Gonçalves
18 Comments:
Amigo Castanheira Barros:
Fiquei sensibilizado com esta homenagem justa ao nosso Poeta José António Gonçalves mas, me permita destacar o seguinte que acho estar divinal.
Que estranhos são
os sons da cidade
a que faltam
os calorosos risos
que arrancavas
das pedras da calçada.
Um grande Abraço.
Bonita homenagem ao teu amigo!!!
uma boa semana,
1 bj
Não sei!
Com o Poeta começei
Com o Poeta acabei
E o que faço aqui!?
Não sei!
Não sei!
Talvez procurei
Não encontrei
Não sei!
Não sei!
Procurarei por aí
O que nunca perdi
A amizade...
Que sempre senti!
É bom ter amigos como esses que descreves, mas melhor ainda é ter amigos que fazem dessas homenagens. A saudade e a tristeza quando são sentidas, arranjam sempre formas de ser mostradas.
Fazes sempre belas homenagens. Parabens. beijinhos
E como é bom ter amigos assim... que após a partida... se recordem da estadia como uma chegada sempre ansiada...
Infelizmente, não posso dizer que conheci ou tenha conhecido...
Mas acredito que é digno desta homenagem.
Assim como tu foste digno de a fazer.
O meu abraço fraterno
Um homem como os outros, dizes tu que és...bom, eu acho-te em tudo diferente, e mais não digo!!!!Encantamentos mil
Lindo!
Nem vou querer dizer mais nada meu caro está tudo naquilo que escreveste.
Jinhos ternos
Soslayo, tens muitos amigos , faz a todos muitas homenagens...
Fico aqui pensando por outra ótica - que honra me daria, tê-lo como amigo.
Bjs
Bom é fazer aniversários, muito bom é ainda ganharmos homenagens!
Muito bem narrado! :)
Boa semana
Eu até não gosto muito de fazewr isto, mas obrigada pelas palavras lá no meu cantinho ;-)
Jinhos ternos
Oi, vc disse que não conseguiu abrir o comentário do MUNDO ANIMAL. Peço desculpas mas não sei o que está havendo. O "miau" só deveria aparecer quando é acionado o botão DIREITO do mouse.
Coloco a sua disposição meu e-mail se precisar entrar em contato e tentarei ver o que esta havendo.
e-mail:mfgo53@hotmail.com
Um abraço
Belíssima homenagem de um poeta a outro poeta. Beijo
na lama de um poeta está a grandeza da palavra aliada à grandeza de alma....bem hajam os dois poetas.........
ups...ups....escreve lá "Alma" pk me enganei e escrevi lama rsrssrsrsr
Já te "entalei", pá.
Vai dar uma espreitadela ao charco e olha... desmerda-te... :)
Pratiquei uma imprecisão grosseira, quando afirmei que o nome do músico chamava-se Jorge! Ora, de facto, não sabemos qual é o nome dele. Quando da frase «-Passa lá isso ao Jorge, senão não nos governamos-» e o Jorge, era o Jorge Castanheira Barros que também toca acordeão. Peço desculpas ao meu amigo e Poeta Jorge Castanheira Barros. Um abraço.
Conheci o trabalho Jag. Cheguei ao site dele fazendo uma busca. No dia que soube do seu falecimento foi tão estranho. Pensei que fosse boato. Respondi ao e-mail de quem me avisou perguntando se era verdade.
Sds...Elaine
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