DETALHES DE UMA VIAGEM I

A linha dos comboios de Cascais
Vista de Cascais no sentido oeste/leste
A marginal de Cascais

Quando se viaja no primeiro voo da manhã que se realiza às 06h30 como eu, tem a vantagem de nesse mesmo dia começar a agitar pelo cedinho. Do aeroporto da Portela a São João do Estoril de táxi leva um pouco mais ou menos meia hora para lá chegar. Como habitualmente quando vou à capital espera-me a minha querida amiga Conceição Mimoso pessoa que há anos faz esse transporte bastando para isso lhe telefonar de véspera e lá está ela na hora marcada.
Porque o grupo acompanhante tinha seguido um dia antes de mim, tive que ir no dia seguinte por falta de disponibilidade de lugares nos voos da Portugália. Foi belíssima a viagem sem atrasos e decorreu subtilmente como um tapete que rola numa almofada de ar. Uma vez chegado a casa toca a acordar aquela malta toda (galera) e vociferando anunciei: “toca a andar da cama malta, porque férias são para serem gozadas e não descansadas, queriam descansar ficassem em casa, disse!”, no meio de alguns maus humores e protestos, lá se levantaram e prepararam e tomaram o pequeno-almoço e estabelecemos através de negociações árduas e difíceis, sim difíceis, por que para achar-se uma plataforma de entendimento entre todos, requer muita diplomacia e programa aliciante.
A melhor forma de se sentir o pulsar de uma cidade e população e se conhecer ao pormenor tudo o que há de novo para vermos, não existe melhor maneira de o fazer, do que viajarmos utilizando o transporte público, numa palavra a tríade comboio, metro e autocarro.
Cascais foi o escolhido! E, de casa a Estação dos comboios de São João são sensivelmente cinco minutos numa passada normal. Lá os provincianos tiveram que aprender a adquirir os títulos de viagens nas máquinas automáticas. Devo dizer que é simples e, por mais iletrado que seja o indivíduo, consegue-o executar, ou seja: teclas de uma viajem inteira; ida/e volta e depois carrega-se em Cascais e já está. Estas máquinas logo que se assinale o lugar para onde nos dirigimos abre o cofre para receber as notas e/ou as moedas de euros e acontece que quando o pagamento é efectuado em moedas e à medida que vamos inserindo-as na ranhura das moedas, vai mencionando o quantitativo em falta para completar o seu valor mas, sempre existe um mas, quando introduzimos a última moeda e já sabemos que o valor está certo, ela demora sempre uns décimos de segundos à espera como se ainda faltasse dinheiro e então aí começa a dizer “aguarde a emissão do título de viagem”.
Mas os administradores da CP, ou lá os informáticos da mesma, julgam, que nós somos trouxas o que é? Esta foi a primeira tentativa de me enganarem!?...